4 de abr. de 2010

Projeto Bolívia 2010- Sonho em contínua realização

Deus é Fiel nos seus propósitos e agindo Ele, quem impedirá?

Tive o grande privilégio dado por Deus de ter participado do Projeto Missionário Transcultural "Projeto Bolívia 2010". Desde que havia ouvido falar do Projeto, ardeu em meu coração o desejo de fazer parte, então comecei a orar e pedi a confirmação de Deus. O Senhor abriu e escancarou as portas para mim. E tudo aquilo que poderia ter sido empecílio, foi tirado. E para a honra e glória Dele eu fui para o Projeto Bolívia. Tenho certeza de que, não apenas eu, mas cada um daqueles que participaram do Projeto tem uma história pra contar das dificuldades pelas quais passaram até chegar lá, das grandes bênçãos alcançadas e ainda até chegar de volta em casa. Porém em tudo o nome de Deus foi glorificado.Antes do Projeto acontecer, houve o Lançamento Oficial no SEBRAE, houve muitas Vigílias, onde o foco do nosso clamor era o povo boliviano e o Projeto como um todo.Houve ainda duas MCM (Mobilização Congregacional por Missões), onde todas as congregações se envolveram com uma imensa voluntariedade em servir, onde foi realizada uma mobilização Social, além da venda de diversos artigos, desde alimentação: frutas, verduras, etc. até peças novas e usadas de vestuário. Na parte da Ação Social houve atendimento odontológico, cabeleireiros, aferição de pressão, etc. Foi realmente uma bênção! Como é maravilhoso ver o que Deus faz quando o seu povo se une num só propósito! Finalmente chegou o grande dia da viagem, após toda a preparação: Curso de espanhol, estudos sobre a Cutura e a Reigião daquele povo, vacinação contra a febre Amarela, passagens compradas (graças à Provisão de Deus), tomamos o vôo no dia seis de janeiro, às 14:00hs. A chegada na Bolívia, mais precisamente em Cochabamba foi muito emocionante: Saber que Deus planejou e concretizou cada etapa deste processo, e queaprouve a Ele que eu fizesse parte dele. Foi simplesmente maravilhoso! A princípio senti uma sensação estranha, pois o ar que se respira ali é seco e escasso. Senti também tontura e falta de ar, mas com o passar dos dias toda aquela sensação foi passando. Tivemos um período de consagração e Treinamento antes de sair ao campo, onde Deus já começou a tratar com cada Projetista, foi muito proveitoso, em todos os sentidos. Estava ansiosa pelo contato com o povo cochabambino, ficava imaginando como seria interagir com eles, conhecer mais deles dentro do seu contexto cultural. Pois uma coisa é você conhecer por pesquisas, estudos, etc. e outra bem diferente é você estar de fato inserido na cultura de um povo. Tive a oportunidade de conhecer um pouco da culinária deles, do que eles gostam de comer. Gostei muito da Salteña, um tipo de pastel que fazem em duas versões: pouco picante (dulce) e picante (para quem aguenta bastante pimenta). Eles gostam muito de arroz, polho (frango) e papas (batata inglesa), este prato é basicamente o trivial deles. Gostam também de favas (diferentes da nossa, tem uma película mais grossa, alguns até não comiam a sua casca), gostam ainda de cabeça de frango assada,refrescos de frutas como pêssego ou amora, e ainda um refresco feito à base de cevada, canela (e mais alguns segredinhos dos quais esqueci o nome), tem ainda o Api, uma bebida não-alcoólica, à base de milho roxo, que é servida quente (lembra um pouquinho o sabor da Canjica no Sudeste e Munguzá no Nordeste). Acerca do trabalho Evangelístico, grandes foram as nossas experiências ali naquele País. Evangelizamos ali através de diversas estratégias, adaptadas justamente àquela cultura. Passamos o Filme JESUS nas ruas, Saíamos louvando com violão e Evangelizando quem passava por nós e aquelesa que estavam em frente às suas casas, o que era coisa rara por ali. Devido à sua cultura, o povo cochabambino é um povo muito muito amável, porém, extremamente reservado, e quando alguém chama à porta para falar do Evangelho, geralmente não convidam para entrar, como é costume no Brasil, até mesmo algumas classes de Discipulado tiveram que ser realizadas do lado de fora das casas, onde sentávamos em algum lugar que houvesse, mas conseguir entrar numa casa foi coisa rara. Realizamos também vários cultos numa quadra, onde o Missionário Wellington, que neste mês de Abril faz um ano que está ali naquele campo, já vinha realizando um trabalho de apoio a jovens e adolescentes através do futebol, através do qual, Deus tem alcançado muitas vidas. Realizamos Ação Social no Templo da Igreja, a qual foi inaugurada no dia treze de janeiro, no período do Projeto, e além de realizá-la no templo, também realizams em outras localidades, como na quadra e na Vila Esperança. Foi realmente maravilhoso, pois aquele povo é carente de Jesus, mas é também carente de um acompanhamento naárea da saúde (dentista, aferição de pressão, teste de glicemia, educação sobre higiene corporal e dos alimentos, etc.) o que foi feito com propriedade através da Equipe de saúde que ali se empenhou dando o seu melhor na Obra do Senhor. Não poderia deixxar de mencionar o lindo trabalho que foi realizado com as criancinhas Bolivianas, muitas delas entregaram a sua vida ao Senhor. Alguns quando veem uma criança entregando o seu coração ao Senhor Jesus não dão muito crédito, mas eu creio no que Deus nos ensina através do Sábio Rei Salomão: "Ensina a criança o caminho no qual deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele." E é assim mesmo, eu entreguei a minha vida a Deus nessa fase de infância, e glória a Deus continuo firme até hoje. É claro que passei meus momentos de dificuldade em prosseguir, mas o Senhor me fortaleceu e me ergueu e me sustenta a cada dia. Na Bolívia, especialmente em Cochabamba, digo isto porque constatei com meus próprios olhos; tem muitas crianças. Os pais saem para trabalhar e fica em casa um a "escadinha" de crianças tomando conta umas das outras. E com a devida autorização dos seus pais íamos buscá-las, e as levávamos de volta para as suas casas, e vocês nem imaginam a distância queestas crianças tinham o maior prazer em andar até chegar ao local onde era pregado acerca de Jesus. As suas casas são muito distantes mesmo. Fico pensando em nós mesmos, muitas vezes a nossa igreja é tão pertinho da nossa casa, e mesmo assim não nos dispomos com alegria a ir à casa do Senhor, como dizia o Salmista Davi. Houve também a história de uma senhora aque marcou a vida dos Projetistas, a senhora Ana Rosas. Esta senhora estava vivendo sozinha, abandonada pelos familiares, vivendo de favor num depósito pertencente à uma família do local. Ela havia ouvido a pregação do Evangelho, fez a sua confissão de fé e fomos até lá para as classes de Discipulado. Constatamos então, a sua situação geral, oramos por ela e voltamos, Deus então nos conduziu a a realizarmos uma faxina geral lá, já que ela, devido à enfermidade não poderia fazer. Pedimos a sua autorização e a dos donos da casa à qual o depósito pertencia. Nesse ínterim, um filho dela que mora na Argentina, veio visitá-la e não tinha noção de como a sua mãe estava vivendo, pois quando veio de outra vez ela estava com uma pessoas da família que ainda cuidava dela. Ele lamentou o modo como a encontrou. E quando viu a Equipe do Projeto chegando para fazer toda a limpeza, ele ficou admirado, e disse: "Muito obrigado por estarem se preocupando com a minha mãe, pois ela esteve assim por muito tempo, e falou pra mim que muitos religiosos, e pessoas de algumas seitas haviam passado por la e visto a sua situação, mas apenas olhavam e iam embora, sem nada fazer. Mas vocês mostraram que realmente são cristãos." Ele ficou muito emocionado, até chorou. Na verdade é isto que o Senhor quer que façamos, devemos enxergar o homem como um todo; e não apenas "uma alma a ser salva" ou "um coração", mas como um ser completo, que precisa sentir a salvação atuar em sua vida no hoje, no agora, modificando até mesmo a sua realidade social. Não estou falando de chegarmos perto de alguém pobre e torná-la rica de uma hora pra outra; mas estou falando de que, enquanto estiver ao nosso alcance melhorar as condições físicas, espirituais e sociais de uma pessoa, devemos buscar isso com todas as nossas forças, pois é nisto que consiste o verdadeiro cristianismo. As boas obras não salvam ninguém, mas é impresacindível que o salvo evidencie as boas obras. Voltando a falar da senhora Ana Rosas, o resultado é que o seu filho resolveu então, levá-la com ele, para cuidar dela na Argentina. Fomos então à sua casa no dia da viagem onde realizamos um momento devocional de gratidão a Deus por tudo quanto estava realizando na vida dela. Toda a vizinhança ficou sabendo do que acontecera a senhora Ana Rosas e o nosso testemunho foi conhecido ali, para a honra e glória do Senhor. Não falamos para ninguém acerca dela, nem acerca do que esatávamos fazendo na sua casa, em seu favor, mas creio que foi o próprio filho dela e os donos da casa que falaram com alguém, e assim o fato tornou-se conhecido ali.

Finalizando este relatório do que foi o Projeto Bolívia, reafirmo aqui, que não há coisa melhor do que você saber que Deus contou com você para a realização da sua Obra, diz a Bíblia que até os anjos desejaram ter estaMissão; mas Ele preferiu contar conosco como instrumentos para que o Seu Evangelho chegasse a outras pessoas, povos e Nações. "Agindo Ele, quem impedirá?"


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Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? E quem há de ir por nós?

Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei? E quem há de ir por nós?
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